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Um cinema para chamar de nosso

Despontando em festivais nacionais, produções promovem AL para além dos cartões postais

Texto: Jean Albuquerque

Imagem em destaque: No set do filme: Ilhas de Calor – Direção: Ulisses Arthur. Foto: Lílis Soares

O cinema no Brasil é marcado pela descontinuidade, já vivemos a era do Cinema Novo (1960), do Cinema Marginal (1960-70), o período da Embrafilme (1960-90), do Cinema da Boca do Lixo (1970-80) e do Cinema de Retomada (1995-2002). Durval Muniz de Albuquerque em A invenção do Nordeste e outras artes defende que o cinema é uma arte que requer certo padrão industrial para que possa ter uma produção contínua.

Em Alagoas não é diferente, os picos e o declínio do cinema por aqui variam entre três e cinco anos. Desde os anos 80, as produções locais são alavancadas por Mostras de Cinema, como é o caso do Circuito Penedo de Cinema e, nos últimos dez anos, da Mostra Sururu de Cinema Alagoano. Outros fatores também fizeram com que as produções despontassem, como a última ‘leva’ de editais de incentivo ao audiovisual, o trabalho em conjunto nas obras fílmicas e a criação do Fórum do Audiovisual Alagoano.

Com todos esses elementos, as produções fílmicas por aqui têm marcado cada vez mais o seu espaço nas mostras e prêmios nacionais. Podemos dizer que estamos vivemos um ótimo momento e isso reflete no olhar da crítica especializada e dos curadores acerca do cinema produzido em terras caetés.

A reportagem do O Que Os Olhos Não Veem conversou com os diretores dos curtas-metragens: A Barca (2019), Ilhas de Calor (2019) e Trincheira (2019). O filme do diretor Ulisses Arthur (Ilhas de Calor) está entre os indicados ao GP do Cinema Brasileiro e ao 25° Prêmio Guarani. O curta está disponível online por tempo limitado no site Porta Curtas.

De acordo com Ulisses, O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro se intitula como um Oscar e acontece em etapas. No primeiro momento são selecionados 30 curtas de ficção pela Academia Brasileira de Cinema. A partir disso, os 30 filmes selecionados pelos curadores ficam disponíveis online e vão para a votação popular. Desses, só cinco permanecem como finalistas. “Estamos em campanha para que ele seja visto, que além da indicação já ser um ótimo status, é também positivo para divulgação do filme. Na internet ele pode chegar a pessoas que não alcançaria por não tá presente nos festivais, não tá presente nas exibições em tela grande, digamos assim. Nessa perspectiva, pode até chegar no whatsapp, sendo possível assistir a produção e compartilhá-la com os amigos”, disse.

Ajude votando em Ilhas de Calor clicando aqui.

Em relação ao Prêmio Guarani, o diretor do Ilhas de Calor diz conhecer pouco e sabe que é uma premiação cujo os finalistas são escolhidos pelos críticos e sites especializados por todo o país. “Eu conheço pouco é a primeira vez que sou indicado a ela. É muito interessante por isso. A crítica especializada vibrando pelo filme. É poderoso levar [o filme], vamos dizer assim, construir um universo alagoano nas pessoas, na imaginação das pessoas. É construir outras possibilidades de conhecer o estado para além do que as pessoas já acham na internet: paisagens turísticas muito vendidas por essas empresas de turismo ou uma Maceió muito paradisíaca ou um estado muito pobre e da miséria. Ilhas [de Calor] tem uma discussão muito interseccional de muitas questões que a gente tá vivendo. A questão do gênero e da sexualidade no espaço da escola que tem outras delicadezas em jogo”, argumenta Ulisses Arthur.

Quando o assunto é o cenário do audiovisual alagoano, Ulisses pontua: “acho que teve uma dedicação muito forte das pessoas nos projetos e uma dedicação de se aperfeiçoar profissionalmente. Já contamos com profissionais muito bons das várias especialidades do cinema, tem gente muito boa de fotografia, som, montadores, direção, mixadores de som, captadores de áudio excelentes. Houve o aperfeiçoamento da mão de obra, dos trabalhadores do audiovisual”, ressalta.

O curta-metragem Ilhas de Calor já circulou pelo 29º Cine Ceará e recebeu o Troféu Samburá da Fundação Demócrito Rocha do jornal O Povo. Foi premiado no Prêmio João Carlos Sampaio e recebeu menção honrosa do júri ABD/Apeci do XII Janela Internacional de Cinema do Recife. Na 10ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano consagrou-se como campeão na categoria melhor filme e pela atuação de Vyctoria Tenóryo / Vitor Santos.

A vez de A Barca

O professor universitário, ator e diretor, Nilton Resende dirigiu A Barca (2019) e teve seu curta selecionado para o VI Festival Brasil de Cinema Internacional e o FIC Rio, além de já passar pelos festivais: 10ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano, 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes/Mostra Foco, 3º Festival de Cinema de Jaraguá do Sul, Eurasia International Monthly Film Festival (Moscou) e BUEIFF CHANNEL (Buenos Aires).

“São milhares de filmes inscritos em todas essas plataformas, em todos esses festivais, então ser selecionado é de certo modo uma loteria. E como sempre falo em relação a premiações ou a curadorias, ser selecionado não significa sermos incríveis, mas sim que agradamos àquela curadoria; não sermos selecionados não significa sermos terríveis, mas significa que não agradamos àquela curadoria. Algo digno de ser observado é que a maioria dos festivais reduziu o número de selecionados, por conta da pandemia”, defende.

Resende também marcou presença junto com outros realizadores do cinema em Alagoas na 23º Mostra de Cinema Tiradentes, que ocorre em Minas Gerais. A mostra é considerada como o maior evento dedicado ao cinema brasileiro contemporâneo em formação e promove a reflexão, exibição e difusão das obras realizadas no país. As protagonistas Ane Oliva e Wanderlândia Melo, de A Barca também viajaram junto a comitiva alagoana.

“Essa viagem foi uma experiência muito gratificante, porque éramos uma caravana alagoana, composta por mais de 30 pessoas, de quatro filmes distintos. Foram dias de festa, e nossa presença foi bastante visível, tanto pelos filmes quanto por nós mesmos, que nós fizemos estar presentes. A caravana levou um catálogo com informações sobre os quatro filmes (A Barca, Cavalo, Trincheira, Ilhas de Calor) — algo inédito no festival e que chamou a atenção de todos. Sempre que nos viam, as pessoas falavam não apenas de uma ou outra obra, mas falavam principalmente de nós, do coletivo. Isso foi algo bastante rico, gratificante”, ressalta Resende.

O diretor também afirma que Alagoas vive um bom momento no tocante às produções fílmicas e esse período é fruto de persistência e construção. “Há anos, os filmes alagoanos têm sido muito elogiados. Há anos, diversos curadores e críticos têm falado a respeito da qualidade do conjunto do que se produz aqui, da qualidade e do esmero com que se produz”, disse.

A Barca é o primeiro filme que Nilton Resende assina a direção e roteiro. “Eu venho trabalhando há onze anos como preparador e diretor de elenco, além de ser escritor há mais de trinta anos — então, tive muita preocupação em relação ao elenco e em relação à dramaturgia do filme. Mas como era minha primeira direção, e nisso eu era um estreante, eu tive ao meu lado o Rafhael Barbosa, que já dirigiu diversos filmes, inclusive um longa (Cavalo, juntamente com Werner Salles)”, defende.

Já o curta Trincheira, dirigido por Paulo Silver vem ganhando alguns prêmios brasil afora. O exemplo disso é a escolha como melhor filme do 2º Festival Mazzaropi de curta-metragem. Além dos seguintes prêmios: X Mostra Sururu de Cinema Alagoano – 2019 (Melhor direção de arte e melhor roteiro), Curta Taquary – Competitiva Criancine – 2020 (Melhor filme, ator, direção, roteiro, arte, som e prêmio da crítica), III Festival de Cinema de Rua Remígio – (Melhor ator e melhor trilha sonora), 29º Festival internacional de curtas do Rio de Janeiro Curta Cinema – 2019, Mostra Quimerama, Brazil – 2019, 2º Phenomena Festival, Brasil – 2019, 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes – 2020, 3º FECSTA – Festival de Cinema de Santa Teresa – 2020 e VII FAVERA – Festival Audiovisual Vera Cruz.

Silver é jornalista e já dirigiu seis filmes, além de ter trabalhado como montador e diretor de fotografia. Ele conta que os cinco filmes anteriores foram produzidos com força de vontade, sem orçamento. “Às vezes investimento do próprio bolso, mas recuperando em premiações ou venda do filme para TVs como o Canal Brasil mas sem financiamento”, ressalta.

O curta metragem Trincheira foi o primeiro filme do diretor realizado com verba de edital público. A obra surgiu em 2016, com o roteiro pronto, o próximo passo foi inscrever-se num edital. O resultado a partir daí foi positivo. Ele ganhou o edital e só em 2018 começou a produzir. A ideia surgiu a partir de um terreno baldio em Maceió no qual o muro divide a periferia de um condomínio de luxo.

“O que separa o lixo do luxo é esse muro. Nessa ideia de tentar contar uma história e a partir de que recorte a gente poderia contar essa história. A gente procurou o olhar lúdico dessa criança criamos um roteiro que seria uma criança perambulando por esse lugar e usando do lixo encontrado para construir sua residência, seus brinquedos ali mesmo a partir do material reciclável imaginando o que acontece no outro lado do muro, ou seja, o outro lado da trincheira. O nome é por conta disso”, argumenta Silver.

Circulação e distribuição em AL

Para além das Mostras de Cinema no Estado e Cineclubes, poucas são as iniciativas que contribuem para a circulação das obras. De acordo com o diretor de Ilhas de Calor, Ulisses Arthur, a problemática não é só uma característica de Alagoas. “Dentro do Estado a questão da circulação e da distribuição ainda seja um pouco problemática como é no Brasil inteiro. Não um problema só nosso. A gente faz os filmes e às vezes eles ficam muito preso a um nicho muito específico que é a nossa bolha, os nossos amigos”, pensa.

Já para o diretor de A Barca, Nilton Resende, a circulação de um filme está relacionada ao seu formato. “O longa precisa entrar em circuito comercial e em festivais; os outros precisam entrar em festivais. A Mostra Sururu é um festival, ‘o nosso festival’. É nossa grande janela cinematográfica, mas temos outras janelas, como o site Alagoar, que tem informações sobre toda a nossa produção audiovisual. Lá, a pessoa pode assistir aos filmes já disponíveis online, pode ver cartazes, storyboards, ler roteiros, acessar as fichas técnicas. Lá também é possível ter acesso a um cadastro de profissionais do audiovisual daqui de Alagoas”, acrescenta.

Cineclubes em Maceió

Além das mostras no Estado, a capital alagoana aporta diversos cineclubes que fomentam a produção local possibilitando que o filme chegue mais próximo do seu público e promovendo eventos onde o diretor e elenco consigam conversar com os espectadores por meio de debate após a exibição do produto. Dentre os cineclubes atuantes estão: Mirante Cineclube, Bete-Balanço Cineclube, Barracão CineClube, Cineclube Comunidade Azul, Cineclube Nise, e Cineclube Periférico.

“Muitas das pessoas que hoje fazem cinema foram antes cineclubistas ou frequentadoras esporádicas de cineclubes. Não há como fazer uma arte sem antes apreciá-la. É preciso que antes aprendamos a ser público, para só depois fazermos algo para ele. Isso é algo universal, e serve para cineastas, escritores, músicos, dançarinos, pintores… Faz parte da formação do artista essa necessária humildade, essa consciência de si e do outro”, defende Nilton Resende.

O diretor do curta A Barca ainda atenta para o fato de que em Alagoas existem muitos cineclubes. “E teremos ainda mais outros, por conta dos editais públicos. Alguns cineclubes têm maior divulgação, como por exemplo o Mirante Cineclube, mas sabemos que em muitos bairros, numa casa, alguns amigos de vez em quando se reúnem para assistir a algum filme e comentar sobre ele. Isso é de certo modo um cineclube doméstico. E é muito bonito isso”, pontua Resende.

O diretor Ulisses Arthur comenta que em Maceió existem cerca de treze cineclubes e que a ideia começou a se espalhar Alagoas adentro, principalmente nas cidades do interior. “É muito bom quando a gente vai tendo uma formação de plateia de qualidade que o cineclube oferece porque eles só não vão exibir filmes americanos, enlatados. Tem uma diversidade, uma qualidade maior em diversificar essas imagens. Os cineclubes são potentes, eles amadurecem e tornam-se em coletivos que fazem filmes, uma produtora. Eles são nascedouro de ideias. A gente precisa aprender a jogar as demandas”, acrescenta.

Qualquer cidadão alagoano pode se tornar um distribuidor ou um agitador que use esses filmes pra exibir em sua comunidade, na sala de aula, na sua rua. Parece às vezes que todo o peso do filme, desde escrever o roteiro, gravar um filme, editar recai sobre equipe e recai sobre o realizador. Eu tenho que me descabelar e me esforçar para exibir em mil lugares, claro que eu preciso fazer um esforço, mas eu acho assim, quem apoia e quem curte pode agitar ou promover. É legal quando a sociedade começa a desejar esses filmes, essas imagens. Um das coisas mais bonitas do cinema é a possibilidade de gerar encontro, muito bem que não podemos promover encontro agora. – Ulisses Arthur diretor de cinema

Para entender o Cinema em Alagoas

De acordo com a mestranda em cinema pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Maysa Reis, o cinema alagoano é marcado por picos e declínio que variam entre três e cinco anos. “Desde a época do super 8 [anos de 1980] onde foi o nosso primeiro pico que também foi potencializado pelo Festival de Penedo. Eu diria que o cinema em Alagoas funciona e ainda é um cinema independente, a gente não se estruturou como indústria”, justifica.

Reis ainda conta que o setor ao longo dos anos precisou está articulado para que as conquistas pudessem chegar e que a produção local era conhecida por produzir mais documentários. Com o passar dos anos, essa realidade tem mudado bastante, principalmente após o crescimento dos curtas ficcionais em mostras e festivais.

“O setor precisou está articulado para que a gente alcançasse alguma coisa independente do tamanho dessa conquista e ela só existiu porque o setor estava articulado. Uma coisa muito marcante no nosso cinema é que todo mundo que trabalha com cinema trabalha também um no filme dos outros. A gente é muito mais versátil, as pessoas quando encontram uma função elas ficam presas aquilo, como o mercado de Recife, por exemplo. Eu tenho certeza que todas as conquistas do audiovisual local sem o fórum [Fórum do Audiovisual Alagoano] e sem a ABD&C [Associação Brasileira de Documentarista e Curtametragista] que antecedeu o fórum não existiriam”, afirma.

A pesquisadora ainda diz que o lado positivo é essa independência para produzir as obras fílmicas, mas em contrapartida há a dificuldade de que o setor consiga se profissionalizar. Na contramão do que vive o Brasil com os ataques a Agência Nacional de Cinema (Ancine) com a gestão do Governo Bolsonaro, Alagoas está vivendo um momento diferente em relação às produções.

“Um pouco antes da pandemia estávamos em pleno vapor porque conseguimos garantir antes do governo Bolsonaro dois editais muito importantes, na verdade três que prometem 15 milhões injetados no cinema de Alagoas. E aí, os primeiros seis milhões já estão em processamento que foi resultante do edital municipal de Maceió para o audiovisual. 1 milhão já foi pago pela prefeitura de Maceió. E a parte do processo que é de responsabilidade da Ancine já foi dada a entrega no processo burocrático. Estamos aguardando o processamento.”, informa.

Um receio de Reis é que depois desse bom momento e com a diminuição de verbas para o setor a produção possa cair. “A gente tá vivendo um momento bom, como uma pessoa que estuda e vê esses ciclos o meu medo é o de como manter esse fluxo ainda mais diante do governo Bolsonaro agora e diante de uma Ancine enfraquecida, de um Ministério da cultura que não é mais Ministério e de tantas incertezas políticas. Então eu acho que meu medo maior é o pós quando esses 15 milhões forem realidade e depois acho que a gente vai encontrar dificuldade”, reflete a pesquisadora.

Iniciativas de fomento ao cinema alagoano

O site Alagoar é uma iniciativa independente que propõe ser uma janela do audiovisual alagoano. O projeto nasce ainda intitulado como “Audiovisual Alagoas”, em meados de 2008 ligado ao trabalho de pesquisa e catalogação da pesquisadora, gestora e/ou idealizadora, Larissa Lisboa. Só por volta de março de 2015 que a empreitada passou para a plataforma digital com o lançamento do portal.

O espaço digital comporta informações sobre obras locais com diversos conteúdos no intuito de registrar e difundir as produções. Além do apoio ao Fórum Setorial do Audiovisual de Alagoas e outras iniciativas, a iniciativa está presente também em outros espaços com a intenção de contribuir para o fortalecimento e a democratização das produções audiovisuais alagoanas. Compõe o site: Larissa Lisboa, Amanda Duarte, Chico Torres, Janderson Felipe, Karina Liliane, Leonardo Amaral, Lívia Corcino, Lucas Litrento, Nilton Resende, Paulo Silver, Pedro Krull, Rafhael Barbosa, Rose Monteiro, Tatiana Magalhães e Thame Ferreira.

Jean Albuquerque

Jornalista, escritor e estudante de Letras na Ufal. Editor do site O que os Olhos Não Veem. Colabora com o site Negrê, correspondente em Maceió, do Portal Lunetas. Acredita no jornalismo independente, pautado pela diversidade e pelos direitos humanos.

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