Tratko Educação foi lançada no mês de fevereiro, na cidade de Penedo, interior do estado

É nas salas de aula das escolas da encantadora cidade de Penedo, região do Baixo São Francisco de Alagoas, que Luzia dos Santos se realiza. Há meia década, sua vida tem sido de amor e entrega à educação, isso antes mesmo de ingressar no ensino superior. Suas irmãs que o digam. A figura da menina que ajudava seus familiares a entender as tarefas repassadas durante o dia no colégio evoluiu. 

No lugar da garota que se atrevia a compartilhar o pouco que sabia a todos surgiu uma professora qualificada: daquelas que se escreve com a letra P em maiúsculo, mesmo não sendo nome próprio, como orienta a gramática.

“Na rede municipal eu trabalho há seis anos, mas eu sempre fui educadora desde muito tempo. É um privilégio, gosto muito de ensinar, de fazer o que eu faço. Na minha casa, sempre pegava as minhas irmãs e ensinava”, relembra.

Professora Luzia dos Santos está há 25 anos em sala de aula, na cidade de Penedo (Foto: Edvan Ferreira)

Se não há dúvidas sobre amar sua profissão, fazer com que as práticas do ofício sejam cada vez mais aprimoradas para contribuir com a educação dos alunos é meta. Em um mundo em constante evolução, estar por dentro das transformações e acompanhar as mudanças e o avanço da tecnologia precisam ser rotina para os educadores. E não poderia ser diferente com Luzia. Apesar dos desafios de ter que acompanhar e se adaptar as pequenas e grandes revoluções do mundo do ensino, a professora encara tudo de mente aberta. Prova disso é que ela esteve presente no lançamento do Tratko Educação* no mês de fevereiro, na cidade ribeirinha.

Na oportunidade, foi apresentada a ferramenta inovadora que promete apoiar professores e gestores por meio de uma plataforma de design com suporte humanizado, impactando, só no município histórico, cerca de 700 professores e sete mil alunos em 29 escolas. Trata-se de um software 100% alagoano que contribui para levar tecnologia e modernizar às salas de aula, adaptando-se a realidade de cada unidade de ensino e levando elementos criativos dentro do ambiente escolar, como o que a Luzia vive. Ela ensina alunos do 6º ao 9º, um período marcado pela transição entre a infância e a adolescência.

Ninguém disse que seria fácil. Todo aprendizado começa com um primeiro passo, dedicação e, claro, o apoio dos amigos de profissão que a ajudaram a entender a ferramenta.

“Eu achei muito proveitoso porque a gente tem que interagir com os nossos alunos, e a cada dia que passa, a gente tem que se atualizar. Tudo é um desafio, né? A gente vai vendo coisas e vai se adaptando, e no dia a dia a gente vai melhorando cada vez mais e a nova tecnologia é valiosa nesse sentido”, argumenta.

Quem também está antenada com as revoluções do modo de ensinar é a coordenadora escolar Charlou Maria de Oliveira, que trabalha na rede de ensino há 12 anos, com turmas do ensino médio, fundamental I e II e educação infantil.

“Eu tinha um pensamento sobre educação, e depois do evento já estava mandando Whatsapp para as minhas amigas falando sobre o impacto que tive, porque sinceramente eu saí totalmente modificada, de tal forma que fiquei imaginando quais seriam as formas, as metodologias que a gente iria começar a trabalhar porque é fascinante”, destaca a educadora. 

A Trakto trouxe muitas coisas: ela abriu um leque, uma visão de uma nova forma de educação. Eu quero uma educação renovadora lá na escola que eu trabalho e eu acredito que toda a rede tem esse pensamento

Para a professora, ferramentas como a produzidas pela Tratko podem ajudar a atrair os jovens para as atividades da sala de aula.

“Muitos jovens não conseguem ficar num curso, numa apresentação que seja só de forma oral. Então, essa revolução vai fazer com que a gente consiga atraí-los. Na verdade, é o que nós estamos querendo buscar: atrair a atenção dos alunos para as aulas e não ser somente o professor detentor da verdade. Mas que o aluno possa ter voz e ter vez durante todas as aulas, participar tanto da formação da montagem das aulas, de criação de vídeos, de como eles querem que as aulas sejam apresentadas”, projeta.

Thiago Mochileiro, embaixador da Tratko (Foto: Edvan Ferreira)

Tiago Mochileiro, embaixador da Trakto Edu, tem um sonho: num futuro próximo já ser possível medir a eficácia da ferramenta por meio de alguns indicadores, como a Prova Brasil e o Ideb, a partir de um antes e depois comparativo da utilização dos conteúdos criativos feitos na plataforma.

“Os indicadores que a gente vai buscar entender se o projeto está gerando resultados, bons frutos serão os indicadores das provas que já existem.Vamos ver como as matérias das quais a gente oferta os conteúdos ou oferta a possibilidade do professor criar os conteúdos de forma mais criativa, se estão engajando, se elas estão levando conteúdo com qualidade e se o conhecimento de fato está sendo adquirido, e fazendo essas avaliações. Fazendo também avaliações periódicas, entendendo, estando próximo, dando um suporte para que o professor possa, de fato, entregar informações e insumos que a gente possa aí melhorando cada vez mais”, comenta Mochileiro.

Domingos Braga, diretor comercial da Trakto, projeta que daqui a cinco anos a ferramenta possa estar transformando a rotina de professores e alunos por todo o Brasil. 

“Daqui a cinco anos a gente quer que cada vez mais que novas cidades entendam que isso vai ser diferente e que isso vai ser o futuro, entendeu? Aqueles que começarem primeiro estarão na frente e vai ser o diferencial. Penedo vai ser uma cidade que vai revolucionar. Tenho certeza disso. Daqui a pouco, isso aí vai ter que ser quase obrigatório nas outras cidades, em outros locais e estados porque a galera vai ver que hoje a aula é aquela mesma coisa de trocentos anos atrás”, expõe Braga.

*O Olhos Jornalismo foi convidado a conhecer a Tratko Educação e viajou a Penedo para entender todos os detalhes da ferramenta inovadora.

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