Você sabia? A Braskem é a dona da mina, mas, para alguns, essa informação parece não chegar… |
Chama a atenção nas redes sociais e na “vida real”, claro, a ausência da palavra “Braskem” no enxuto vocabulário do prefeito da capital alagoana, JHC (PL), durante os últimos pronunciamentos oficiais.
É que a Defesa Civil Municipal informou, no início da tarde de hoje (29), a possibilidade de desabamento e colapsos em uma mina da Braskem no Mutange, em Maceió, fazendo com que lideranças políticas locais – como JHC (PL) e Paulo Dantas (MDB) tenham que se posicionar e promover ações para resguardar a segurança dos maceioenses.
Para o gestor municipal – que teve mais de R$2,7 bilhões ressarcidos aos cofres públicos devido aos problemas causados pelo crime ambiental da mineradora – parece ser impossível relacionar o nome colapso da mina à Braskem. Sim, a dona da mina.
Com o agravamento dos tremores de terra e risco iminente de afundamento de uma mina no Mutange, determinei a criação de um Gabinete de Crise, que vou comandar com profissionais de diferentes áreas, para coordenar a situação, preservar vidas e garantir a segurança de todos.
— JHC (@jhcdopovo) November 29, 2023
A falta do nome “Braskem” no discurso do correligionário do ex-presidente da República parece isentar a empresa do crime, além disso, compra o posicionamento da mineradora ao definir que o crime ambiental seja chamado de “fenômeno geológico”, ou seja, algo que parece ser causado pela natureza, o que contraria os estudos e laudos do Serviço Geológico do Brasil, CPRM.
Devido ao risco de colapso de uma mina no Mutange, decretei estado de emergência por 180 dias em Maceió.
As equipes de todas as secretarias estão unidas e prontas para agir com ações emergenciais.
Estamos em alerta para preservar vidas e garantir a segurança de todos.
— JHC (@jhcdopovo) November 29, 2023
Por aqui, não se trata de defender a imagem do governador de Alagoas, Paulo Dantas, que também pouco vem fazendo pelas vítimas do crime.
A bem da verdade, o que queremos dizer é que discurso é poder. Ou “não poder” (falar), neste caso.
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